História da participação das mulheres na política
Na entrada do terceiro milênio, o ingresso das brasileiras na política institucional ainda é tímido. Porém, este é um quadro que já se mostrou menos animador.
Apesar de possuírem, atualmente, níveis de escolaridade superiores ao masculino e de estarem cada vez mais presentes no mercado de trabalho, em nenhum âmbito da vida social a participação de mulheres e homens é tão desigual como no exercício do poder.
Diante da significativa atuação das mulheres em movimentos sociais - associações, sindicatos, entidades - também no Brasil, o que se observa é uma capacidade de engajamento que não corresponde à sua pequena presença nas instâncias decisórias.
Brasil está entre as nações que apresentam a mais baixa representação política feminina no Ocidente (Toscano,1998). Entretanto, este é um cenário que se repete em diversas nações tidas como desenvolvidas e com maior tradição democrática, como é o caso da França. Convém registrar, também, as interrupções na trajetória democrática do país por regimes ditatoriais impedindo o livre gozo político dos cidadãos, com impacto sobre a participação das mulheres.
Participação da Mulher na vida política
Em um país de cultura predominantemente machista e de raízes patriarcais, a mulher parece ganhar, embora a passos curtos, mais espaço na política nacional. Mas e na política, ainda temos um espaço fechado entre os homens? Não, isso vem mudando, e a participação política das mulheres é prova disso, seja como eleitoras (desde a década de 1930), seja como candidatas a cargos públicos, mas tal mudança ocorre a passos lentos. Porém, mesmo que ainda tímida, a presença cada vez maior de candidatas é algo fundamental para o fortalecimento da democracia, afinal, a representatividade feminina é extremamente necessária quando pensamos nas lutas pelos direitos das mulheres em um contexto no qual, como se sabe, ainda há muito preconceito, exclusão e violência contra elas.