História da mineração
Origem. Materiais como o sílex, para produzir fogo, e os que contêm pigmentos, como a ocra e o manganês, foram provavelmente as primeiras substâncias obtidas por mineração. As designações "idade do bronze" e "idade do ferro" para períodos arqueológicos também indicam a exploração e o uso desses minerais em épocas remotas. Grandes blocos extraídos por escavação superficial de pedreiras foram o material de construção das pirâmides do Egito, algumas das quais consumiram mais de dois milhões de blocos com cerca de 15 toneladas cada.
O conhecimento e a capacidade de trabalhar os metais dão a medida do grau de civilização de um povo. Em 3000 a.C., o Egito tornou-se a mais importante civilização do mundo, ao mesmo tempo em que passou a dominar a mineração de cobre em Meghara, na península do Sinai. Durante cerca de dois séculos e meio, os fenícios mantiveram segredo sobre a descoberta de minas de estanho em seu território. A exploração dessas minas, seguida de seu monopólio comercial, constituiu fator decisivo para manter a supremacia de Cartago e lhe propiciou, em parte, o controle do comércio no reduzido mundo de então. Finalmente, o Império Romano só dominou o mundo depois de conquistar os amplos recursos minerais da Espanha. Mesmo na idade contemporânea, a história está repleta de exemplos desse tipo, pois a exploração e o tratamento dos minerais, além de servir de base ao progresso industrial e ao comércio, em função da tecnologia alcançada, é uma das bases do poder econômico, militar e político.
Um dos antigos métodos de mineração, primeiramente documentado pelos romanos, consistia em acender fogo sobre as rochas que, com o calor intenso, se expandiam e rachavam. O livro De re metallica (1556; Sobre os metais), de Georgius Agricola, é a melhor fonte de informação sobre antigas técnicas de mineração, algumas das quais ainda são utilizadas, ou o eram até há bem pouco tempo. Essas técnicas incluem instrumentos como picaretas e martelos,