História da mineração
Ciclo da mineração no Brasil. Desde o século XVI, partiam da Bahia para o interior do Brasil expedições empenhadas em encontrar minas de prata. No século XVII, Fernão Dias saiu de São Paulo com seus seguidores em busca de prata e esmeraldas em Sabará. Só no fim do século XVII, porém, revelou-se em Minas Gerais a ocorrência de ouro. Os diamantes foram descobertos na segunda década do século XVIII. Com isso, a mineração tornou-se a mais importante atividade econômica da colônia durante toda a primeira metade do século XVIII.
Nessa época, também já tinham sido localizadas riquezas auríferas em Mato Grosso e, em 1725, descobriu-se ouro em Goiás. O governo criou duas casas de fundição e, diante da nova e mais lucrativa atividade que surgia, a agricultura foi gradativamente relegada ao abandono. Em pouco tempo, o açúcar, principal produto de exportação de Pernambuco e da Bahia, nem sequer encontrava colocação no mercado.
Com o atrativo da mineração, a migração para a colônia tornou-se tão intensa que a metrópole chegou a proibi-la. Portugal criou então um imposto que montava à quinta parte da produção. O exagero na cobrança do "quinto", nome que se deu ao tributo, conduziu a conspirações e levantes autonomistas. A partir da segunda metade do século XVIII, porém, com o esgotamento das minas, começou a decadência da mineração e cogitou-se reativar a agricultura.
No século XIX, começaram as tentativas de aplicação de técnicas modernas de mineração, com a vinda de especialistas europeus. A maioria, no entanto, falhou, com prejuízo para as companhias brasileiras ou inglesas que nelas investiram. No início do século XIX, tentou-se modernizar a mineração do ferro, incipiente no período colonial, mas a experiência fracassou por motivos técnicos e econômicos. Findo o ciclo do ouro, o Brasil enfrentou uma grave crise econômica só interrompida em meados do século, com a exportação de café.
Legislação, órgãos e tributos da mineração
A organização da