História da medicina - algumas notas
Embora já tivessem sido inventados sistemas de lentes para outros fins, Anton van Leeuwenhoek (1632 - 1723) fez a sua primeira utilização no âmbito da biologia celular, observando e descrevendo a estrutura celular vegetal, fibras musculares, algumas bactérias e protozoários, conseguindo através da sua vasta colecção de lentes obter ampliações de cerca de 300x.
Robert Hooke, por sua vez, ao utilizar já o microscópio composto, descreve e nomeia a célula ao observar cortes de cortiça. Variados modelos se seguiram, construídos com melhores materiais e com cada vez mais acessórios aumentando a capacidade de ampliação, forma de observação e manuseamento do material. Apesar de um pouco desfasadas, a qualidade óptica dos microscópios acabou por acompanhar a evolução mecânica, atingindo esta o seu máximo no início do Séc.XX. Esta grande evolução dos instrumentos de estudo permitiu que após a descoberta das células, os cientistas Mathias Schleiden (1804 – 1881) e Theodor Schwann (1810 – 1882), no final da década de 1830 formulassem e publicassem a Teoria Celular “Theorie auf die tierischen Organismen”, segundo a qual, As partes elementares dos tecidos são as células, semelhantes no geral, mas diferentes na forma e função. Pode ser considerado certo que a célula é a mola-mestra universal do desenvolvimento e está presente em cada tipo de organismo. A essência da vida é a formação da célula.
Esta teoria foi uma das mais importantes generalizações da história da Biologia, estabelecendo um fundo comum ao funcionamento de todos os seres vivos. Sobre esta teoria vem-se a estabelecer todo o seguinte desenvolvimento do estudo biológico.
Rudolf Virchow e a anatomia patológica
O próximo e muito importante passo depois das repercussões da Teoria Celular foi dado por Virchow (1821 – 1902)
Em 1858, publicou Die Cellular-Pathologie, considerado um dos livros médicos mais influentes e importantes da história.
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