História da Matemática

RESENHA
“Matemática é para poucos”- um sentido marcado na história

Em seu artigo “Matemática é para poucos”- um sentido marcado na história, publicado pela editora Sulina em 2012, no livro História da Educação Matemática, a professora Marisa Rosâni Abreu da Silveira, tem o objetivo em seu texto de contribuir para o ensino e a aprendizagem de matemática, analisando a dificuldade atribuída a mesma. Neste texto, ela cita e analisa muitas ideias, de Análise de Discurso, de alguns autores como os resultados de estudo do Michel Pêcheux e também de Jacqueline Authier-Revuz. Ao analisá-los, chegou à conclusão de que “a matemática carrega um mito de disciplina difícil” (p.68). Para tanto, a autora buscou um estudo diferenciado na enunciação dos alunos, ao falarem dessa disciplina tão “complicada”, onde ela observou que os alunos repetem muitas falas, que são as ouvidas na comunidade escolar, na mídia e pelos sujeitos que marcaram a história da matemática. O discurso de que a “matemática é para poucos”e que “matemática é difícil”, foi repercutida por várias falas, o que fez com que tivesse vários significados ao longo da história da matemática. Por isso, não se pode afirmar quem foi o primeiro ou a primeira a dizer que “matemática é para poucos”. A matemática surgiu com algumas necessidades de cálculos, onde surgiram especialistas em fazer calendários, que no inicio estes eram os sacerdotes. Os sacerdotes faziam muitos cálculos, os quais eram ajudados com nilômetros, aparelho que os ajudavam. Este era um trabalho realizado apenas pelos sacerdotes, o que fazia com que o povo não tivesse nem conhecimento deste trabalho, mas as previsões que eles faziam eram muito bem recebidas pelo povo. Neste dialogismo, foi visto que havia o ocultamento de informações para a comunidade, o que confirma que “matemática é para poucos”. “ A aritmética e a geometria só começam a ser tratados como ciências no século IV a.C., com aparição dos