História da Literatura
I. TEXTOS
Uma coisa é escrever como poeta, outra como historiador: o poeta pode contar ou cantar coisas não como foram, mas como deveriam ter sido, enquanto o historiador deve relatá-las não como deveriam ter sido mas como foram, sem acrescentar ou subtrair da verdade o que quer que seja.
Eu já escrevi um conto azul, até. Mas este é um conto de todas as cores. Porque era uma vez um menino azul, uma menina verde, um negrinho dourado e um cachorro com todos os tons e entretons do arco-íris.
Até que apareceu uma Comissão de Doutores – os quais, por mais que esfregassem os nossos quatro amigos, viram que não adiantava. E perguntaram se aquilo era de nascença ou se...
– Mas nós não nascemos – interrompeu o cachorro. – Nós fomos inventados!
ESTUDO DOS TEXTOS
Compreensão
1. O que o autor afirma a respeito do historiador, no primeiro texto, vale também para o jornalista e para o cientista? Explique.
2. Aquilo que se afirma para o poeta, no texto A, vale também para o romancista, o contista, o autor de telenovelas. Explique.
3. Observe alguns significados do verbo cantar : dizer ou exprimir por meio do canto; executar com a voz um trecho musical; celebrar em poesia; tentar seduzir através de palavras ou maneira hábeis (passar uma cantada). Qual desses significados está adequado a esse verbo no texto A?
4. Que seres ou fatos do segundo texto não encontram correspondência na realidade concreta?
Interpretação
1. Um historiador poderia ter respondido da mesma forma que o cachorro à Comissão de Doutores que aparece no texto B? Justifique sua resposta.
2. O poeta Casimiro de Abreu começou assim o poema “Nossa terra”.
Todos cantam sua terra
Também vou cantar a minha.
A. Qual o significado do verbo cantar nesse poema?
B. Tendo começado o texto dessa forma, o leitor deve esperar.
a. Que o poeta diga apenas a verdade sobre sua terra.
b. Que o poeta tenha a liberdade de inventar coisas sobre a sua terra.
3. Em sua