História da Isomeria
DESCOBERTA DA ISOMERIA
Berzelius foi o criador do termo “isomeria”
No ano de 1823, dois químicos alemães que não tinham contato entre si, Justus von Liebig e Friedrich Wöhler, passaram a estudar a composição de determinadas substâncias. Liebig descobriu o fulminato de prata; e Wöhler, o cianato de prata.
Ambos enviaram seus trabalhos para serem publicados em um jornal científico, dirigido por Gay-Lussac. Qual não foi a surpresa deste cientista quando ele leu os dois trabalhos e percebeu algo inesperado: os dois compostos eram totalmente diferentes, porém eles possuíam a mesma fórmula molecular (AgCNO), isto é, os dois eram formados por um átomo de cada um dos seguintes elementos: prata, carbono, nitrogênio e oxigênio.
Esse estranho fato foi relatado a Jöns Jacob Berzelius (1779-1848), considerado a maior autoridade científica na época, que passou a estudar o caso.
Em 1828, ocorreu um marco na história da Química Orgânica: Wöhler conseguiu sintetizar a ureia, provando, assim, que os compostos orgânicos podiam sim ser sintetizados em laboratório. Mas o aspecto mais interessante foi que a última etapa da reação que ele realizou para chegar até a ureia foi o aquecimento do cianato de amônio, conforme mostrado a seguir:
Wöhler observou que o cianato de amônio e a ureia possuíam todos os elementos na mesma quantidade, sendo dois nitrogênios, quatro hidrogênios, um carbono e um oxigênio. Ele apresentou esse fato a Berzelius, que, com a ajuda de Liegbig, propôs uma explicação para esse fenômeno:
Foi Berzelius quem criou o termo “isômeros” para se referir aos compostos que apresentavam essas características. Assim, ele cunhou, então, o fenômeno de “isomeria”. A origem desse termo usado por ele é grega, sendo que iso significa “igual”, e mero significa “parte”. Portanto, isômeros são “partes iguais”.
Com isso, isomeria passou a ser definida da seguinte forma:
O termo Isomeria vem do grego (iso = mesma(s); meros = partes). Partes