História da Engenharia Química
Desde o momento em que o homem se percebe em sociedade e sente a necessidade não só de comunicar-se com seus semelhantes próximos, mas também de repassar sua ideias, dúvidas e percepções como herança para as novas gerações, surge a necessidade do registro. Utilizando corantes naturais e carvão para representar em paredões de pedra suas emoções, experiências e crenças, mais tarde o homem passou a usar plantas, rochas e mesmo a argila para registrar a sua história. Entre todas essas tentativas de se expressar, a que obteve o maior sucesso foi criado ás margens do rio Nilo por volta de 3000 a.C., o papiro (Figura 1).
Já papel propriamente dito foi criado pelos chineses em meados de 105 d.C. , sua invenção foi anunciada ao Imperador Ho Ti pelo oficial da corte Cai Lun (Ts’ai Lun). O oficial fez uma mistura umedecida de casca de amoreira, cânhamo, restos de roupas, e outros produtos que contivesse fonte de fibras vegetais. Bateu a massa até formar uma pasta, peneirou-a e obteve uma fina camada que foi deixada para secar ao sol. Depois de seca, a folha de papel estava pronta. A técnica foi guardada sigilosamente, pois o comércio de papel era bastante rentável. Apenas 500 anos mais tarde, por culpa de monges coreanos budistas, a descoberta foi conhecida pelos japoneses. Mais outros duzentos anos depois, chegou ao domínio também dos árabes para chegar finalmente nos espanhóis e se espalhar de vez pelo ocidente. Figura 1 – Papiro de Smith Figura 2 – Fabricação de papel na China.
31489655715O grande avanço e talvez o ponto inicial para o caráter industrial do papel foi a criação da imprensa por Johannes Gutenberg em 1440 (Figura 3) aumentando cada vez mais a demanda por papel; a mudança na fabricação do papel pelos holandeses, que passaram a usar a força hidráulica dos moinhos na produção; e a invenção da primeira máquina de produção contínua de papel pelos irmãos Foudrinier em 1799.