História da educação no Brasil e a função da coordenação pedagógica
Entender a produção histórica do ser humano, ou dos homens e mulheres, é entender os meandros que regem a sociedade atual, é entender que os fatos se dão a partir das condições humanas e materiais próprias de cada tempo, de cada período. Assim julga-se importante resgatar fatos históricos da educação no Brasil que auxiliam no entendimento da função da coordenação pedagógica.
Inicia-se o debate com o trabalho proposto pela Companhia de Jesus, os jesuítas, um movimento da Igreja Católica que reagiu contra a Reforma. Esse movimento ficou conhecido como Contra Reforma.
O trabalho dos jesuítas no Brasil (1549), liderados pelo padre Manuel da Nóbrega, surgiu com o objetivo de expandir a fé cristã e doutrinar pessoas para esse fim, para tanto propunha estudos com base no sistema de ensino conhecido como Ratio atque institutio studiorum Societatis Jesu.
Os jesuítas efetivaram uma organização escolar para públicos diferentes que se deu da seguinte maneira:
-Para os índios, existiam as missões, locais onde esses eram catequizados;
- Para os filhos dos colonos foram criadas as escolas de ler e escrever, destinadas ao ensino das primeiras letras;
-Aos filhos dos nobres e senhores de engenho, os Colégios adotavam o Ratio Studiorum.
O modus operandi da pedagogia jesuíta se caracterizava pela ordem, organização e rigidez, logo a função de uma pessoa para supervisionar os trabalhos era relevante, pois envolviam os aspectos políticos e administrativos da proposta educativa.
Com a definição descrita, verifica-se na função do Reitor a prática do diretor escolar e na do Prefeito de Estudos a ação supervisora no acompanhamento do trabalho dos professores e na supervisão do