História da Educação Brasileira
Sabe-se que o principal objetivo dos Jesuítas, que eram homens pertencentes à ordem religiosa católica chamada Companhia de Jesus, era o de catequizar os povos indígenas, justamente para purifica-los e converte-los, pois acreditavam que os índios eram homens desalmados e sem cultura alguma. Apesar de errados (já que os índios tinham sim, suas crenças, porém não tinha a escrita, nenhum registro) os jesuítas começaram a missão de catequizar e alfabetizar na língua proposta. Esse processo de catequização e alfabetização provou o que chamamos de aculturação, ou seja, o conflito entre dois grupos ou duas culturas onde um sobrepõe com suas ideias do que acha certo ou não a cultura do outro. Vale lembrar que o processo de alfabetizar ou educar os indígenas não foi à prioridade inicial, mas que depois de forte influencia estrangeira passou a ser, justamente pelo fato de buscarem nesses desalmados e primitivos uma certa civilização. Os Jesuítas eram bons nesses quesitos: disciplina, postura, bons modos e principalmente virtudes. Não era atoa que seus principais princípios de educar e catequizar eram compostos por virtudes e letras. Os jesuítas também utilizavam da mão-de-obra indígena no desenvolvimento de atividades agrícolas. Isso fez com que a Companhia de Jesus acumulasse uma expressiva quantia de bens no Brasil. Fazendas de gado, olarias e engenhos eram administradas pela ordem. A ação da Igreja na educação foi de grande importância para compreensão dos traços da nossa cultura: o grande respaldo dado às escolas comandadas por denominações religiosas e a predominância da fé católica em nosso país. A educação jesuíta no Brasil prevaleceu até 1759, quando o Marquês de Pombal expulsou todos os religiosos da Companhia de Jesus de Portugal e de suas colônias. Apesar da expulsão dos Jesuítas pouco se modificou na educação do Brasil. Em 1760 no colégio dos Jesuítas em São Paulo (onde atualmente funciona o Museu Padre Anchieta) as elites ainda possuíam os