História da Educação Brasileira: Leituras (Maria Lucia Spedo Hilsdorf)
História da Educação
História da Educação Brasileira: Leituras
(Maria Lucia Spedo Hilsdorf) _ São Paulo: Cengage Learning, 2011.
Resumo
Capítulo 3 – A Ilustração no Brasil
A educação tomou um novo rumo frente à mentalidade ilustrada que criou a reforma da cultura e do ensino no período pombalino.
A adaptação oficial do Ecletismo e do Iluminismo em Portugal foi feita pelos estrangeiros, que dotados de mentalidade de renovação foram apoiados por Pombal e posta em circulação, inclusive pelas instituições régias e escolares. A disseminação das ideias, ilustradas e liberais foram feitas pelos letrados, mas também pelo povo, pois tiveram difusão oral. Um exemplo é o caso de Luíz Vieira da Silva, inconfidente mineiro que mesmo tendo sido aluno dos jesuítas e nunca saído da colônia, tinha o domínio da literatura ilustrada, possuidor de uma vasta biblioteca contendo muitos títulos e volumes “condenados”. Muitos desses ilustradores são professores das escolas pombalinas. Isso quer dizer que as ideias chegaram pelos livros, que circulavam na colônia, tanto com a circulação legal de livros quanto com o contrabando.
As sociedades coloniais letradas também fizeram circular a Ilustração, tais como um grupo representado pelas Lojas Maçônicas e também outro grupo como o das academias literárias.
Ainda que a divisão proposta por A. Candido esteja superada, é interessante observá-las como espaço de ligamento das duas correntes de Ilustração na colônia, a pombalina e a afrancesada.
Os frades reformaram sua ordem de acordo com as ideias de Pombal e se tornaram agentes da igreja, da cultura e da escola ilustrada em Portugal e no Brasil.
Esse momento (Período Pombalino -1759 a 1808) representa o fechamento dos colégios jesuítas no Brasil e a introdução das aulas régias que deveriam ser mantidas pela Coroa através do subsídio literário. Essa iniciativa não teve êxito por vários fatores entre eles a escassez de mestres, a insuficiência de