História da cultura e história cultural
A análise entre Cultura e a História inclui diversas teorias sociais e filosóficas existentes. Muitos e variados são os problemas de métodos em que o historiador ouse andar em territórios ainda misteriosos da História da Cultura. O autor Falcon (2002 p.57) brinca: "E começar pela pergunta que fará a esfinge: E quem garante que a Cultura tem realmente História?". Sendo que se a Cultura tenha mesmo uma história, qual o objetivo da História da Cultura?
Sabemos que história é feita através de historiadores, seguindo sempre um conhecimento histórico a partir de uma noção ou conceito sobre aquela determinada "História-realidade", utilizando pressupostos ou até mesmo memórias tendo assim uma relação entre conhecimento e realidade, transformando-se em uma produção histórica.
Hoje em dia a Cultura vem perdendo seu conceito. Historiadores e filósofos entendem que a cultura não possui transparência de significação, por isso utilizam descrições e contribuições da Antropologia e da Etnologia. Na realidade a Cultura tem um reconhecimento de um nome aplicável a um campo semântico, e tal como, em contínuo processo de ampliação e complexificação.
A história da cultura ou Geistgeschichte é baseada em conceitos hegelianos de Volksgeist e Zeitgeist - um é o espirito nacional ou popular e o outro o espirito da época ou tempo, junto com o Weltanschauung - espirito da visão do mundo. Embora com alguns exageros, a história da cultura era altamente elitista e estetizante. Deixada de lado esta versão tradicional, a história da cultura muda de nome, chamando-se história cultural, tendo as perspectivas ora ambiciosas ora modestas, mas sempre concretas em termos históricos. Suas antigas concepções holísticas, teleológicas e homogeneizantes, passam a ser substituídas pela busca pela concretude e valorização do individual, autores e obras, e por abordagens embasadas na semiótica e teoria literária.
A História Cultural não se torna isenta nem imune