História da Bósnia e Herzegovina
Depois da guerra russo-turca, entre 1877 e 1878, a Bósnia e Herzegovina ficou sob controlo do Império Austro-Húngaro, tendo sido anexada em 1908. A nova Constituição dividiu o eleitorado em ortodoxo, católico e muçulmano, o que contribuiu muito pouco para travar o crescente nacionalismo sérvio. Em 1914, o arquiduque austríaco Francisco Fernando foi assassinado em Sarajevo por um nacionalista sérvio. Esse acontecimento foi a gota de água para o início da Primeira Guerra Mundial. Em 1918, a Bósnia e Herzegovina foi anexada à Sérvia, como parte do Reino dos sérvios, croatas e eslovenos. Em 1946, os dois territórios formaram a República Socialista Federativa da Jugoslávia, de regime comunista, sob o comando de Josip Broz Tito.
Com o colapso do comunismo, em 1989-1990, a Jugoslávia mergulhou numa onda de nacionalismo extremo. Depois de a Croácia abandonar a federação, em 1991, os croatas bósnios e os muçulmanos aprovaram um referendo a favor da criação de uma república multinacional e independente. Mas os sérvios bósnios recusaram separar-se da Jugoslávia, que nessa altura se encontrava sob o domínio da Sérvia. Em 1992, a Bósnia e Herzegovina foi arrastada para uma guerra civil sangrenta e devastadora, em que as populações acabaram por ser saneadas das regiões tomadas por cada nacionalidade. Em 1995 foi assinado o Acordo de Dayton e desde essa altura