História da Amazônia
Na Economia Europeia: as drogas do Sertão e as populações indígenas:
O impulso militar que trouxe os portugueses ao Pará, em 1616, fez parte de um projeto político ambicioso de conquista do vale amazônico associado a um projeto econômico, não menos ambicioso, de exploração da biodiversidade local – as chamadas “drogas do sertão”, especiarias ocidentais de alto valor no mercado europeu. O processo foi contínuo e tenso e a ocupação do território se deu com base no massacre ou escravização das populações indígenas e no confronto bélico com as outras potências europeias que possuíam feitorias na Amazônia. Cada um desses territórios correspondia a novas rotas de exploração riquezas, fossem elas as drogas do sertão, fossem terras, a acrescentar ao patrimônio dos principais colonos, ou fossem, enfim, as populações indígenas escravizadas. Esse padrão econômico, baseado na coleta extrativista, na navegação fluvial e na escravização dos índios, juntamente com os aspectos geográficos da floresta equatorial, acabou diferenciando a nova colônia do restante da América Portuguesa. Por isso, desde 1626, eram duas as colônias de Portugal na América: O Brasil, que incluía o Nordeste e toda a parte meridional da colônia e o Grão-Pará e Maranhão, que incluía toda a Amazônia, o Maranhão e, junto com este, o Piauí e parte do Ceará. O que