Matéria Edir A Idade Moderna foi um período de transição com resquícios do feudalismo e traços do capitalismo. O teocentrismo e o coletivismo feudais cediam lugar ao humanismo e ao individualismo burguês. A passagem do modo de produção feudal para o modo de produção capitalista, a expansão marítima e comercial europeia e os grandes descobrimentos com o início do processo de europeização do mundo marcaram o período. A Revolução Comercial representou um conjunto de transformações socioeconômicas: a passagem da economia feudal para a economia capitalista. Caracterizou a etapa de formação do sistema capitalista, onde todas as atividades passaram a se desenvolver em função do mercado. A circulação de riquezas, o acúmulo de capitais e a expansão dos mercados criaram as condições básicas para a Revolução Industrial. As características do Capitalismo Comercial são: acumulação primitiva do capital, transição do trabalho servil para o trabalho assalariado, desenvolvimento das manufaturas e eliminação dos entraves corporativos, apropriação dos meios de produção pela burguesia, formação de impérios coloniais onde foi reintroduzido o trabalho escravo e revolução dos preços (inflação). Os fatores estruturais da expansão marítima foram os progressos técnicos, o proselitismo religioso, a falta de metais preciosos, a crise do século XV com a necessidade de criar novos mercados e a centralização política, condição básica para a expansão. O eixo econômico era o Mar Mediterrâneo, controlado pelas cidades italianas que monopolizavam o comércio e a burguesia portuguesa precisava romper o monopólio dos genoveses. Os motivos do pioneirismo português se devem a existência de uma burguesia interessada em participar dos lucros do comércio de especiarias; a experiência na navegação; a herança cultural dos árabes que introduziram técnicas importantes; a posição geográfica favorável; o estímulo aos estudos náuticos através da Escola de Sagres e a centralização política precoce.