História como recurso nas aulas de literatura

Bem, chamo história como uma ciência das diversidades. O interessante deste conhecimento é que podemos trabalhar diversas áreas, navegar e sobrevoar diversos paradigmas e conhecimentos. O historiador tem essa incrível liberdade de trabalhar tudo. O que dizer de Foucault que trabalhou a história das prisões e suplícios, com o seu famoso "Vigiar e Punir", servindo de fonte de estudo obrigatório para as aulas de direito penal? História é assim, uma ciência fantástica e singular. Trabalha tudo e todos. Caminha livremente nos bosques do conhecimento e todos bebem de sua fonte infinita. A história trabalha tudo: Economia, sexualismo, homofobia, crime... E literatura. Tudo em diversos prismas e dimensões. E é até interessante mostrar isso a todos. Alunos, universitários, professores, pesquisadores, leigos etc. E é interessante mostrar isso principalmente aos alunos do ensino fundamental e médio e, principalmente, aos leigos. História não é decoreba, é, entre tantos conceitos ainda não desenvolvidos, um discurso de análise do homem no tempo e no espaço, uma forma conhecimento. E a história está em todo canto, justamente porque a história trabalha o homem no tempo e no espaço. Trabalha o homem nas quatro dimensões. A história é a quinta dimensão.
Com isso, a proposta de trabalhar a literatura brasileira na era colonial na sala de aula foi uma idéia para trabalhar os três períodos da literatura no Brasil na era colonial, a fim de passar não só o assunto para vestibulandos e acadêmicos, trabalhando história e literatura ao mesmo tempo, mas fazer a colocação do contexto histórico da literatura, reflexo de um mundo ocidental. E, com isso, explicar através deste recurso, o modo de vida do homem no tempo e no espaço em três séculos de colonização em terras lusitanas da América. Não apenas o cotidiano, mas os movimentos sociais. Os três estilos literários deste período trabalhados em sala são: o Quinhentismo, que começou com o Jesuíta José de Anchieta e Pero Vaz de Caminha; o