Historico secretariado
Segundo Natalense (1989, pg.7) “o desenvolvimento da profissão de secretariado no Brasil acompanha exatamente o desenvolvimento gerencial, revelando as características empresariais de cada década”.
Passaremos a uma breve retrospectiva sobre a evolução da profissão:
A década de 1950: Nos anos 50 a profissão era eminentemente feminina e a secretária era uma simples servente. Ao ingressar na empresa ela não encontrou qualquer modelo de mulher profissional. Assim, repetiu o modelo que conhecia, social e familiar, ou seja: da servilidade, da falta de iniciativa e poder de decisão. As suas atribuições limitavam-se a datilografia, taquigrafia, arquivo de documentos e atendimento telefônico. O homem, que já se encontrava na empresa, tampouco possuía experiência em dividir o seu espaço com mulheres. Também replicou o comportamento que adotava em família: a mulher devia obedecer a ordens.
A década de 1960: Nos anos 60 inicia-se no Brasil a formação de gerentes, através dos vários pacotes de treinamento, importados, sobretudo dos Estados Unidos. Nota-se que na época a secretária torna-se um símbolo de status gerencial. Todo “grande” gerente possuía uma secretária, assim como salas confortáveis, motoristas, etc. É por este status que a denominação secretária é generalizada para qualquer tipo de serviço. Qualquer pessoa que atendesse ao telefone, por exemplo, era secretária. Algumas pessoas, inclusive, denominavam como “secretária do lar” as empregadas domésticas. Tais práticas resultaram em penosa desvalorização da verdadeira profissional que, somente há muito custo na década de 80 começa a resgatar a sua imagem de assessora organizacional. É também nos anos 60 que surge mais uma daquelas denominações infelizes – a secretária é o cartão de visita da empresa. Cartão de visita é mais um estereotipo da profissão, não tem exatamente a imagem ideal para uma profissional. Em 1969 foi criado o primeiro curso superior em