HISTORICIDADE

HISTORICIDADE
Existem dois Regimes de Historicidade: a Historia Magistra (o clássico) e o Moderno Regime. Ambos implicam no modo de ler e compreender os documentos a partir do momento em que interpretamos os documentos ora como exemplo, ora como prova.
Os regimes de historicidade estabelecem uma forma distinta de se ler os documentos de acordo com o período em que é estudado. Temos o regime clássico no qual o documento é tido como exemplaridade para o presente a fim de não repetir, no futuro, as coisas do passado. Já no regime moderno, o documento é visto como evidência de um passado que jamais repetirá. Nesse sentido, temos uma sociedade que evolui de acordo com o tempo, uma sociedade evolucionista. O tempo é sem dúvida, uma abstração; tem seus fragmentos chamados passado, presente e futuro. Sem poder dominar o tempo, que é tão dinâmico em um piscar de olhos o Homem vive e faz a História, produzindo documentos, registrando fatos, se embrenhando em pesquisas, evidências e fontes, que o levam a examinar mais nitidamente, a História.
De que maneira os regimes de historicidade influenciam no modo de "examinar mais nitidamente a história"?
Os regimes de historicidades contribuem para que possamos compreender determinadas narrativas históricas, isto é, determinados trabalhos de pesquisa histórica. Em outras palavras, quando uma história é narrada com o intuito de dar exemplos, ela pode ser enquadrada no regime de história Magistra, a história como mestra da vida. Durante muitos séculos, na antiguidade e Idade Média a história era narrada sob essa perspectiva.
Agora quando a História é narrada tendo como perspectiva a noção de processo que visa um progresso. Então essa pesquisa histórica está inserida no regime de historicidade moderno, em que a narrativa visa estabelecer o processo histórico como se estivéssemos caminhando para o progresso.
TEMPO E HISTÓRIA

bibliografia