historia
O GRANDE DESPERTAR
No segundo milênio antes de Cristo vicejava pelo Mediterrâneo pequenos agrupamentos que tinham no comércio, pirataria e navegação a base de sua economia. Surgiram reinos ricos e poderosos o suficiente para produzir em seus palácios uma expressão calcada em grafismos geometrizados talvez até mais rígidos que os dos egípcios. Na Ilha de Creta onde se falava uma forma primitiva de grego, porém, produzia uma arte graciosa e vivaz copiada no continente grego, sobretudo em Micenas e que causava profunda impressão até mesmo entre os egípcios. Não se conhece muito desses povos que habitavam Creta, até nossos dias, restaram somente algumas ruínas do Palácio de Cnossos que demonstram um pouco da expressão da arte daqueles tempos.
Por volta do século VII já se encontravam na península montanhosa da Grécia tribos guerreiras provenientes da Europa que invadiram e venceram os povos primitivos que ai viviam. Nos primeiros tempos a arte desses povos não deixava de ser rude e primitiva elaborada com elementos esquemáticos, bem distante das formas graciosas dos cretenses de séculos antes.
Algo dessa simplicidade e desse arranjo geométrico e claro parece ter contribuído para o estilo de construção que os gregos introduziram nesses primeiros tempos e, por estranho que pareça, perdura em nossas cidades. O Paternon, o templo ateniense mais conhecido é um fruto dessa simplicidade de composição levada aos extremos de requinte quanto ao seu aperfeiçoamento formal. O templo dedicado a deusa Athena provavelmente é uma evolução de antigos templos construídos com a farta madeira existente no território grego. Com o desenvolvimento da arquitetura os gregos foram substituindo as vigas e colunas de madeira por peças de pedras trabalhadas com o objetivo de dar-lhes mais leveza e apuro estético. A esse primitivo estilo sóbrio e despojado foi dado o mesmo nome de dórico decorrente desses primeiros povos guerreiros formadores da Grécia. Feitas de material