Historia
INICIO
No final do século 18, a Bahia foi o palco de uma revolução social, que buscava a proclamação de uma República Bahinense, com igualdade de direitos para todos: a Conjuração Baiana. Seguia os ideais de liberdade que fluíam no século 18 e envolveu intelectuais, donos de engenho, escravos, artesãos, militares, padres, brancos, negros, pobres e ricos.
FASES DA CONJURAÇÃO : O movimento teve duas fases distintas:
A primeira fase iniciou-se em 1796, por parte da elite baiana. Esperavam apoio militar da França para deflagrar a sedição, mas, sem reposta dos franceses, retraíram-se após as primeiras repressões no ano seguinte.
A segunda fase, foi uma retomada da primeira, mas com participação ativa das camadas mais populares. Acredita-se que agiam com apoio ou a mando de baianos ricos e influentes, como demonstra Patrícia Valim, em sua tese de doutorado de 2012. A historiadora também revela as negociações econômicas e as disputas de poder, nos bastidores do movimento, envolvendo o governador da Bahia e os conjurados ricos.
RELATO HISTORICO
Na época, Salvador tinha cerca de 60 mil habitantes, era a maior cidade do Brasil. Com a queda na produção de ouro e diamantes, em Minas Gerais, a Bahia voltava a ser a capitania mais rica da América Portuguesa, com sua produção de açúcar, tabaco e algodão.
Brasileiros brancos tinham geralmente limites em suas aspirações profissionais, em comparação aos portugueses. Negros e pardos sofriam com uma sociedade racista. Membros da elite reclamavam dos impostos e da falta de liberdade comercial. Soldados reclamavam dos baixos soldos. A indústria de manufaturas era proibida, o que explica o grande número de artesãos na cidade. Salvador era o principal porto do Brasil, mas só navios portugueses podiam atracar.
A sociedade baiana era, em grande parte, dominada pelas irmandades religiosas das ordens terceiras e outras instituições católicas. Existiam as irmandades dos negros, as irmandades