HISTORIA
Isaac Asimov
APRESENTAÇÃO
Ano após ano, a partir do momento em que "Círculo Vicioso" serviu de pretexto para enunciar as três leis que garantem que os robôs sempre serão servos seguros e obedientes do homem, a imaginação de
Asimov vem especulando cada vez mais com a possibilidade da inteligência artificial. A pesquisa nesse terreno progrediu de maneira tão vertiginosa que muitas vezes chega a ultrapassar tudo o que a ficção científica já se mostrou capaz de conceber. Asimov tem acompanhado esses desdobramentos e, durante o final dos anos 60 e na década seguinte, escreveu meia dúzia de novas histórias sobre robôs. Os seus autômatos, agora, passaram a ser bem mais sofisticados que os dos primeiros contos que abordaram o tema. Demonstram emoção, intuição e capacidade para emitir julgamentos. Por fim, um robô chamado Andrew deu o passo definitivo no processo evolutivo dos autômatos. A trajetória dele está traçada em "O Homem
Bicentenário ".
Asimov considera esta novela a melhor história de robô que ele escreveu até hoje e “comparável aos meus maiores êxitos em qualquer outro gênero literário". Os críticos também concordam com essa opinião. Destinada afigurar numa antologia que seria publicada em
1976 para festejar o segundo centenário da independência dos Estados
Unidos, Asimov partiu do título para, aos poucos, criar os pormenores da trama. Estava combinado que não teria mais de 7.500 palavras, mas o autor se deixou empolgar e acabou tendo o dobro. O projeto da antologia gorou, mas os entusiastas da ficção científica têm uma divida de gratidão com o editor anônimo que patrocinou a idéia. Sem ele, "O Homem Bicentenário "talvez nunca tivesse sido escrito, pelo menos não em forma de conto. Asimov afirma que, se soubesse que a antologia não sairia, e que nesse caso deixaria de haver problema de espaço, a tentação de transformar a história em romance seria irresistível. Só nos resta fazer especulações em tomo da hipótese