historiA
A formação e a prática da Fisioterapia, hoje, estão direcionadas, prioritariamente, para a clínica de reabilitação e para os centros de terapias hospitalares. Há a tendência no ensino superior de Fisioterapia em valorizar o individual, a terapêutica, a especialidade e a utilização de métodos e técnicas sofisticadas (Rezende, 2007). Talvez aqui resida o determinismo do caráter predominantemente clínico e limitado aos locais de atendimento em níveis secundário e terciário de atenção à saúde na prática do Fisioterapeuta.
Tais características, segundo a mesma autora, estão em consonância com o modelo médico-assistencial privatista, ainda hegemônico no Brasil. A forma de perceber, explicar e enfrentar os problemas de saúde ao longo da história do nosso país acarretou o predomínio do pensamento clínico sobre o processo saúde-doença e, consequentemente, os esforços dos profissionais ou áreas de estudo preocupadas com as condições de saúde do homem concentraram-se, por um extenso período, na descoberta de novos métodos de “tratamento” das doenças, revelando a preponderância de uma assistência “curativa”, recuperativa e reabilitadora.
No sentido de tentar compreender a tendência dos estudos recentes sobre o campo de atuação profissional e sua interseção com a política de saúde no Brasil, propõe-se a presente