historia
A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana.
Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos. A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho. Nela moravam, além da família, alguns agregados. O conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas (habitações dos escravos). Havia também, em algumas regiões indivíduos que eram livres, muitos deles brancos, outros mestiços e alguns poucos negros libertos. Podemos encontrar algumas diferenças entre as regiões brasileiras no que se refere à maneira como se organizavam as sociedades. Nas regiões mineradoras a sociedade era urbana e havia um maior número de pessoas pertencentes à classe intermediária. Na zona canavieira, esta classe se reduzia à presença do feitor e de algum caixeiro viajante. Nos engenhos ficava nítida a separação entre os senhores e os escravos.
A organização do Poder Político
Em frente ao grande desenvolvimento do comércio oriental, deu-se o descobrimento do Brasil. Após as primeiras viagens, Portugal percebeu que o Brasil não estava em condições de oferecer lucros imediatos (como o lucro conseguido através da venda do ouro). Além disso, o Brasil não constituía mercado consumidor para os produtos europeus. Por essas razões, nos primeiros trinta anos, Portugal limitou-se ao reconhecimento da terra e à manutenção de sua posse, estes, com expedições para intenso contrabando de pau-brasil.
Através de disputas de outros países, Portugal resolveu povoar a nova colônia visando preservar a posse, já