historia
A transição do Brasil para a democracia foi longa e resultou de um acordo entre uma facção política que apoiava o regime militar e a oposição mais moderada. A eleição de
Tancredo Neves, por via indireta, pelo
Congresso Nacional (1984), pode ser encarada como a data simbólica da democratização.
A partir daí, seguiram-se o episódio dramático da morte de Tancredo Neves, sem que chegasse a assumir a presidência, o governo de seu Vice-Presidente, José Sarney, e a primeira eleição direta do país, após quase trinta anos, que levou ao poder Fernando
Collor. O impeachment deste, associado às acusações de corrupção, representou um fato triste, porém, ao mesmo tempo, revelador das pressões tendentes à moralização dos costumes políticos. O governo de Fernando
Henrique Cardoso e de Lula prosseguiram com êxito a redução da inflação (Plano Real) buscando ampliar a reforma do Estado, enfrentando, difíceis desafios na área social, sem solução a curto prazo.
Governo Sarney:
Planos econômicos e continuidade da miséria (1985-1990)
No início do governo Sarney a inflação chegava aos três dígitos e a dívida externa superava
U$200 bilhões. Tanto a inflação como a dívida pública – não só a externa, mas a interna também – tendiam a aumentar. Esse era o quadro econômico do país quando Sarney chega ao poder.
O plano Cruzado: O ministro da Fazenda
Denílson Funaro propõe o plano Cruzado, onde preços e salários seriam congelados. O plano leva a uma explosão do consumo, o que deu grande popularidade ao governo. Além disso, gerou também um desestímulo à poupança e o consumo desenfreado associado ao boicote dos grandes empresários que queriam reajustar os preços (mas não podiam, por causa do congelamento), levou ao desabastecimento. A economia iria crescer bastante, mas logo os comerciantes passariam a cobrar um ágio nos preços, o que era a volta da inflação.
O Cruzado estava ficando insustentável para as contas do governo. O