Historia
Atenas formou-se a partir de uma miscigenação entre os jônios e os primeiros habitantes da Ática, no século VIII a.C.
A primeira forma de governo ateniense foi a monarquia. Nessa época, Atenas era governada por um rei (Basileus), com plenos poderes de sumo-sacerdote, juiz e chefe militar, auxiliado por um Conselho de Anciãos (Areópago). Havia também uma Assembléia do Povo.
A sociedade era dividida em classes sociais:
a) os eupátridas eram os aristocratas;
b) os geomores eram formados pelos pequenos proprietários rurais;
c) os demiurgos eram os pequenos artesãos;
d) os estrangeiros (metecos), considerados livres e sem direitos políticos;
e) os escravos adquiridos por meio de guerras, de comércio e por dívida constituíam a base de toda a produção econômica.
Em meados do século VIII a.C., a monarquia começou a se deteriorar em função da concentração das terras nas mãos dos eupátridas, o que lhes garantia maior poder. Nesse período, a monarquia foi substituída pela oligarquia, chamada de Arcontado, que era constituído por nove arcontes eleitos pela aristocracia territorial e escravista. Num primeiro momento, o mandato dos arcontes durava dez anos; depois, foi reduzido para um ano.
As principais funções do arcontado eram: Epônimo, função de administrador; Basileus, função religiosa; Polemarca, função militar; e o Tesmoteta, função de juiz.
As Reformas de Drácon e Sólon
As leis, nessa época, eram consuetudinárias (costumeiras) e eram aplicadas pelo Conselho dos Anciãos. Levantaram-se gritos de desespero oriundos do povo e ameaças de revolução, colocando em risco o poder político dos eupátridas. Surgiu, dessa forma, o código de leis escritas draconianas (elaboradas por Drácon).
Sólon foi eleito arconte em 594 a.C., com a ajuda dos comerciantes e artesãos ricos que lhe concederam poderes para realizar reformas, entre as quais destacam-se:
a) a criação do Conselho dos Quatrocentos (Bulé), responsável pela elaboração das leis, com