Historia
A indústria automotiva vem sofrendo, desde meados da década de 90, um profundo processo de alteração no seu padrão de organização industrial. Por trás disto está a busca por produtos e processos cada vez mais eficientes, o que pode ser melhor traduzido por palavras tais como qualidade, produtividade e tecnologia. O estabelecimento de certificados de qualidade, a existência de custos e preços dentro de padrões internacionais, o uso crescente de logística integrada, a formação de parceria são apenas alguns dos exemplos que se pode retirar do esforço de pesquisa aqui apresentado para caracterizar o que se chamou, inicialmente, de cadeia totalmente integrada.
Nesta cadeia, a noção de relação de fornecimento extrapola a simples compra e venda de materiais, peças, componentes, módulos e sistemas. Trata-se, sim, de vender, mas dentro da idéia de contribuir para a cadeia de valor. As montadoras repassam para seus elos imediatos partes cada vez mais importantes do processo produtivo. Estes, por sua vez, fazem o mesmo com as empresas a seguir, e assim por diante. Já as fornecedoras em geral, cientes de seu crescente potencial de agregação de valor, passam a ter uma postura mais pró-ativa, participando de projetos inovadores, buscando novas alternativas de produção e prestando serviços cada vez mais completos.
Mas como se inserir, então, nesta cadeia totalmente integrada? O que as empresas gaúchas, acostumadas a um padrão de fornecimento, podem fazer para alcançar este novo padrão?
São estas perguntas e muitas outras que levaram a execução deste Diagnóstico Automotivo à busca de subsídios para encaminhar algumas respostas ao setor gaúcho que vive importante momento de renovação. A chegada de novas montadoras deverá - como é expectativa dos próprios fornecedores locais - alterar as expectativas, as formas de atuação, de relacionamento e de produção.
Formado essencialmente por pequenas e médias empresas, a indústria de autopeças local tem como principais