Historia economica do brasil
Caio Prado Junior
LIBERTAÇÃO ECONOMICA (1808)
A liberdade comercial e demais medidas resultantes da transferência da corte para o Brasil revela nos o comércio exterior, que e fundamental numa economia. As estatísticas não são boas. Contudo aceitar algumas pelo menos para orientação.A ascensão continua em seguida ininterruptamente. E verdade, à desvalorização da moeda que em ouro vai num contínuo declínio. Com esta desvalorização monetária, o progresso do intercâmbio exterior do Brasil é muito grande.
A vinda da família real para o Brasil, apresentávamos-nos sob o seguinte contexto: a indústria portuguesa não havia se desenvolvido. Suas atividades giravam em torno do comércio colonial brasileiro, atuando como mero intermediário, pois não era nem consumidor dos gêneros tropicais e nem fornecedor dos consumidos aqui. Portugal nos impedia com isso de garantirmos a nossa subsistência com recursos próprios. Além disso, Portugal tinha sua marinha arruinada desde o final da União Ibérica. O aparecimento do capitalismo industrial causa a falência do pacto comercial e se volta contra os monopólios, fazendo desaparecer o artesão e requerendo o acesso aos mercados consumidores por parte dos países produtores de bens manufaturados, como a Inglaterra. Portugal, por outro lado, só tinha o nosso comércio para se sustentar economicamente.
A abertura dos portos às nações amigas cedeu à Inglaterra toda a liberdade de ação que Portugal tinha no Brasil com o Tratado de Comércio e Navegação, segundo o qual os produtos ingleses concorriam com imensa vantagem até sobre os produtos portugueses, além de possuírem variedade e qualidade muito acima daquela das mercadorias do reino e pela facilidade de transporte pela quantidade. A abertura dos portos atendeu a circunstâncias do momento, pois o comércio português estava interrompido por Napoleão e a colônia estava desabastecida. Foi portanto, a abertura, a grande precursora da independência do Brasil,