historia economia
A década de 50 teve grande marcos na história do Brasil, tendo em vista da forma geral, a modernização do país. Foi nesta época que ocorreu a chegada da televisão, ocasionando profundas mudanças nos meios de comunicação. A imprensa falada ganha corpo com o radio levando informação aos mais remotos rincões, o mundo passa por uma efervescência cultural atingindo o Brasil com uma intensa movimentação tanto na música quanto no cinema, teatro, entre outros.
O país começa a dar seus primeiros passos rumo à modernização passando de país agrário, com a maior parte da população morando no campo, para a industrialização com esta população migrando para as cidades proporcionando um grande crescimento destas e se urbanizando.
Tendo em vista o cenário pós-guerra, com a Europa em ruínas, com os Estados Unidos na condição de única potência política, militar e econômica do Ocidente, e com o acontecimento da Guerra Fria, estreitou ainda mais o espaço de manobra internacional do Brasil, tornando a consolidação do alinhamento com Washington a única opção para o governo anticomunista do general Dutra (1946-1950).
Foi este cenário que Vargas retornou ao poder com as eleições de 1950. No entanto, o discurso nacionalista que o ajudou a eleger-se presidente da República sugeria uma política externa mais autonomista. Isso fez com que Vargas buscasse programar uma barganha nacionalista, pela qual procurava negociar o apoio político-estratégico do Brasil aos Estados Unidos em troca da ajuda norte-americana ao desenvolvimento econômico brasileiro, buscando simultaneamente atender as demandas dos setores mais favoráveis ao alinhamento a Washington e daqueles mais comprometidos com o ideário nacionalista.
Entretanto, diferentemente do período da Segunda Guerra, a década de 1950 não apresentava as mesmas condições propícias a barganhas ou negociações. Assim, um comportamento mais autônomo, que projetasse o Brasil no plano internacional, teve de ser restringido a regiões e temas em