HISTORIA DOS SEGUROS EM ANGOLA
1.1. FASE I (1857 à 1921)
1.1.1. CARACTERÍSTICA DA FASE
A etapa inicial da actividade de seguros em Angola enquadra-se num período de viragem histórica em Portugal, enquanto potência colonial. A perda do Brasil, sua colónia na américa, para qual estava virada em termos de esforço desenvolvimentista e as pressões na Inglaterra no sentido de pôr fim ao tráfico de escravos, associado à problemas a nível interno, leva a formulação de um modus operandi em relação às colónias de África.
1.1.2. ECONOMIA
As transformações que têm lugar em Angola em finais do séc. XVIII, tais como: o início da urbanização de Luanda; a abertura de estradas para o interior, particularmente para leste, com o consequente desenvolvimento do comércio que implicava, estabeleceram as premissas que levaram Portugal a considerar a importância de Angola, no contexto das colónias africanas, cuja evidência se fez ao longo do séc. XIX.
É a abolição do tráfico da escravatura, que ao pôr fim ao comércio triangular que envolvia Angola, Portugal e o Brasil, marcou os primeiros passos no sentido da valorização das colónias africanas, de acordo com Henriques (1997). Um processo que decorreu entre 1850 e 1878.
O início dos seguros em Angola enquadra-se nesta valorização, que é feita sempre tendo em atenção as necessidades e a óptica do país colonizador, prática subjacente à concepção e todo o desenvolvimento colonial (Nazaré, 2008).
1.1.3. SITUAÇÃO DO SECTOR SEGURADOR
A reforma da “regeneração” da Economia Portuguesa, levada a cabo pelo Partido Regenerador em Portugal, no séc. XIX que versava, sobretudo, à definição de uma política industrial deu nova dinâmica aos negócios de seguro marítimo em Portugal, cujos efeitos acabaram se fazendo sentir nas colónias, pelo facto de que ao [voltar] maior atenção para as grandes potencialidades das colónias em África, acresce a necessidade de apoio a nível local dos fluxos comerciais que aumentavam, com particular