historia do porto
Daqui Portugal foi buscar o nome. Daqui se saiu para conquistar Lisboa aos mouros. Aqui o português João e a inglesa Filipa contraíram matrimónio e nasceu o Infante, patrono dos descobrimentos. Aqui se doou a carne e se comeram as rezes para que o império se fizesse. Daqui se exportou o generoso vinho que tornou a cidade mundialmente famosa. Por entre trincheiras e paliçadas, aqui se defendeu a liberdade do liberalismo contra a tirania miguelista, se ganhou o coração do rei-imperador e o título de Invicta. Aqui se morreu pela implantação do regime republicano, no 31 de Janeiro. E aqui se manteve o norte naquele verão quente de 1975, quando todos pareciam desnorteados…
Estradas romanas: As margens do Douro, junto à sua foz, foram de fundamental importância na ligação entre a Lusitânia (a sul do rio) e a Galécia (a norte).
Mosaicos romanos na Casa do Infante.
Imitação moderna d'uma tremisse cunhada em "Portocale" durante o reinado de Sisebuto (século VII).
Estátua de Vímara Peres junto à Sé, erguida em 1968 para comemorar o 1100.º aniversário da presúria.
O morro
Em 716, deu-se a invasão muçulmana e a destruição da cidade por Abd al-Aziz ibn Musa. Julga-se, no entanto, que a dominação muçulmana de Portucale (em árabe: Burtughal — برتغال) terá sido relativamente breve, pois parece ter sido atacada, logo por volta de 750, por Afonso I das Astúrias. Durante um século, a região teria jazido ao abandono e quase desabitada. Até à presúria de Portucale pelo conde Vímara Peres em 868, quando se dá início a uma fase de repovoamento e de renovação urbana. A partir daí, Portucale assume grande protagonismo político e militar, com a criação do respectivo condado.