Historia do pensamento
Unidade II
5 A FILOSOFIA MODERNA
O Renascimento, ocorrido nos séculos XIV e XV, é nitidamente demarcado pela redescoberta da arte e da literatura grega, abrangendo o humanismo, com ênfase na colocação do homem no centro da realidade, o repensar da política, o estilo de governo influenciado pelas obras de Maquiavel, o estudo científico e a filosofia moderna, com destaque para o poder racional do homem, sinalizando um retorno às raízes do pensamento racional e à renúncia do controle do conhecimento pelo misticismo e pela Igreja Católica. Nesse contexto, a sabedoria não é mais vista como algo sagrado e místico, uma vez que, por meio do pensamento e do raciocínio, o homem tem poder para traçar seu próprio destino e caminhar rumo ao conhecimento. Para começar, é importante lembrar que a filosofia da Idade Moderna nasceu por causa dos trabalhos dos grandes mestres do renascimento cultural e científico dos séculos XIV e XV, entre eles Nicolau Copérnico e Leonardo da Vinci, e dos esforços de cientistas e pensadores como Galileu Galilei, Francis Bacon, René Descartes e Emanuel Kant nos séculos seguintes. A filosofia moderna teve início, de fato, com a Teoria do Conhecimento de René Descartes. Na Idade Média, tanto na sociedade quanto na política, a palavra de Deus era considerada como fonte única do conhecimento absoluto, sendo interpretada pela Igreja, que dominava todos os aspectos da vida humana. Por isso, o Renascimento trouxe uma renovação da ciência e a necessidade de uma nova definição do ser humano e seu lugar no mundo. A chamada Idade da Razão surgiu para redefinir os padrões científicos e filosóficos já existentes. Descartes, na declaração “penso, logo existo”, descobre o homem como um ser racional por natureza, com a capacidade de alcançar o conhecimento e, mais que do isso, sua existência é definida pelo ato de pensar. As obras de Descartes formaram a base sobre a qual os racionalistas desenvolveram seus trabalhos e formularam suas