HISTORIA DO LINO
Não se sabe ao certo quando e onde pela primeira vez o Homem começou a utilizar as fibras do linho para confeccionar tecido. No entanto, no Egito surgem vestígios de tecido de linho que datam de cerca de 5.000 a.C., provando que o linho já era cultivado por essa altura.
Na Península Ibérica e concretamente no território que viria a ser Portugal, foram encontrados vestígios não só de tecido de linho, como também de sementes da planta de linho, que datam de 2.000 e 2.500 a.C., respectivamente.
Mas é com a dominação de Roma e a instauração da pax romana na Península que o cultivo e o emprego têxtil do linho se desenvolveram verdadeiramente, assim como as indústrias caseiras da fiação e da tecelagem.
Ao longo da Idade Média a produção de linho e a importância economica deste tipo de produção aumentam, a ponto de o pagamento de rendas ser muitas vezes efetuado com o linho produzido.
Em Portugal, encontravam-se atividades linheiras por todo o país, e sempre com a mesma natureza caseira e artesanal, individual e dispersa. Apesar disso, já no séc. XVI existiam regiões do país onde estas actividades se adensavam. Tal é o caso de Guimarães, que se destacava pela finura dos tecidos que fabricava, e a cujas feiras acorriam mercadores que se encarregavam de abastecer o comércio da capital, Alentejo e Algarve.
O linho era semeado em terras de regadio abundante ou húmidas, pois o linho é uma planta que tem que ter bastante humidade para se desenvolver e crescer convenientemente. A qualidade do linho depende do seu desenvolvimento, quanto mais ele for regado mais ele se desenvolve aumentando assim a sua qualidade.
Quando maduro era atado em molhos para ser conduzido à beira. Aí era ripado para lhe separar as sementes. Depois de separado das sementes, era novamente atado em molhos e lançado à água nos ribeiros e regatos, para apodrecimento da casca exterior.
Ao fim de três semanas de molho, era retirado da água e estendido nas lameiras a secar ao