Historia do design
“Nós vivemos na era da Globalização, tudo converge, os limites vão desaparecendo”. Assim afirma Andrioli, e com tal conceito – ainda que simplista – uma economia mundial levaria a unificação e adaptação dos modelos de consumo e a uma massificação cultural. A questão principal aqui é: quais são os efeitos dessa Globalização para a indústria da moda?
Não é difícil analisarmos que a globalização tem atuado na propagação de valores estéticos muito pontuais, disseminando signos e nivelando referenciais culturais a partir de uns (e poucos) vetores.
A mesma globalização que democratizou o acesso aos mais variados meios de comunicação, como a internet, também proporcionou que a partir da década de 1990 houvesse o incentivo a descoberta dos estilos pessoais frente às antigas regras ditatoriais e massificadoras da moda. Porém, apesar do discurso, o que vemos hoje é uma forte – e velada – imposição mercantil de alguns grupos financeiros que controlam os fluxos de consumo dessa categoria de bens de consumo.
A vivência da Globalização permitiu o aculturamento ao impor rígidos e exclusivos padrões franceses até a década de 1980 e, posterior a decadência da Alta Costura, houve a construção de um oligopólio entre as então Capitais da Moda (Nova Iorque, Londres, Milão e Paris), pautado na indústria de massa, o prêt-à-porter. Mas, ao invés de vermos uma pluralidade em decorrência dessa descentralização, ainda estamos reféns dessas Capitais que não permitem a troca e nem valorizam o conteúdo estético de “culturas emergentes”, tal como a latino-americana, tudo em prol do controle da produção e do consumo.
A indústria brasileira, especialmente, tem sofrido muito em função desse modelo globalizado, haja vista que toda demanda produtiva tem sido deslocada para a Ásia, sobretudo China, e os fluxos da entrada de marcas internacionais no país tem se acentuado, vide o recente caso da marca Forever 21, esmagando as possibilidades comerciais e