O início do estudo da psicologia do ponto de vista do historiador e confrontado pelo múltiplo surgimento que se nota, sendo assim extremamente complicado determinar o ponto exato em que a psicologia foi fundada. Apesar de que o estabelecimento da psicologia no século XIX ser quase um consenso entre os historiadores da psicologia, podemos encontrar referências ao pensamento psicológico em textos muito mais antigos, proveniente da necessidade do conhecimento de si. Até que finalmente no século XIX, como se em um insight, existe o começo da psicologia como saber regulado e cientificamente disciplinado. Outra hipótese aponta para o surgimento da psicologia de forma singular a partir do século XVI, vinda também da busca do conhecimento de si, e que eventualmente um conhecimento disciplinado e naturalizado seria necessário. Com essa perspectiva o texto adota a hipótese de que em nossa sociedade moderna (a partir do século XIV) existiram diversas experiências e praticas que criam as muitas orientações do campo atual da psicologia. Uma outra hipótese diz que essa multiplicidade não vem de um descuido cientifico, mas sim, da necessidade do homem em obter respostas assuas perguntas interiores. A criação de um plano de subjetividade começou com a individualização da sociedade, onde cada vivencia é centrada em uma experiência em primeira pessoa e esse plano de interioridade não tem como objetivo a de uma experiência universal do homem, mas a compreensão dessa experiência de cada pessoa. As sociedades mais antigas tinham uma visão mais generalizada da interioridade, vendo todos como partes de algo maior. A origem da distinção entre corpo e alma não é tão antiga quanto pensamos e teria surgido a partir do século XVII, antes disso muitos dos conceitos dessa distinção vinham da concepção holomórfica, criada por Aristóteles na antiguidade e que durou até o fim da idade média, e nesta concepção alma e corpo estão unidos como forma e material.