Historia de lygia
Em meio a fotografias e livros que contam a trajetória da menina prodígio que aos 15 anos lançou sua primeira obra – Porão e Sobrado – a BN vai mostrar artigos de Lygia publicados no Jornal de Letras e no Jornal Letras e Artes, ambos do Rio de Janeiro, nos anos 1940 e 1970, além de obras autografadas pela autora. “A exposição é toda montada com o acervo da Divisão de Obras Gerais e, para enriquecer, distribuiremos nas vitrines, que vão percorrer todo o saguão, fotografias guardadas pela Iconografia. Uma pequena homenagem da BN à escritora”, diz Ana Naldi, coordenadora da exposição.
Ao longo de seus 90 anos, Lygia Fagundes Telles acumulou dez premiações – com destaque para o Jabuti de 2001, na categoria ficção, com o romance Invenção e Memória – e seis adaptações para o cinema, a TV e o teatro, sendo a mais famosa aquela que deu origem à novela da TV Globo Ciranda de pedra, de 1981, com remake em 2008. O sucesso que transcende os livros é explicado, em parte, por sua linguagem ágil, seu estilo de quadros e cenas, e seus personagens psicologicamente bem construídos.
“Ela escreve pintando as cenas e a escrita economiza verbo e sobeja imagem. É uma autora que tem a modernidade nos poros e seus contos e romances se apresentam em linguagem ágil, que captura o leitor a cada linha”, avalia a professora da PUC-Rio, Eliana Yunes.
Já para a especialista de literatura brasileira da UFRJ, Elodia Xavier, a intensidade das personagens dá o tom das obras: “É uma escritora que ultrapassa os limites conceituais. Uma machadiana que se preocupa com a psicologia dos personagens e apresenta os