historia de enfermagem
Mirian Süsskind Borenstein Maria Itayra Padilha
Os primeiros estudos relacionados com a historia da enfermagem, surgem a partir da segunda década no século XIX, com historiadores anglo-saxões. A maior parte desses, foram elaborados nos países onde ocorreu a reforma protestante, provavelmente face à crítica situação dos hospitais, na época. O reconhecimento da importância do passado como possibilidade de retomada de percursos interrompidos ou como avaliação de caminhos percorridos revelou seus impactos nas mais diferentes áreas do conhecimento. A enfermagem, exemplarmente, tem apontado, para essa perspectiva desenvolvendo e apoiando investigações históricas acerca das origens do cuidado, da profissionalização das práticas do cuidar e das múltiplas experiências vividas por seu contingente e objeto: O processo de cuidar aliado a um profundo sentimento de humanidade, base de todo o exercício da profissão. A enfermagem, como ciência fundada em teorias e métodos, também é novíssima. Seus fundamentos foram lançados por uma das mulheres de maior importância no mundo contemporâneo, Florence Nightingale (1820-1910), que fez da arte do cuidado uma ciência imperiosa – ainda que contrária à sua inclusão como saber formalizado academicamente. Ao demonstrar durante a guerra da Criméia (1856) a importância do cuidado sistematizado, a fundadora da enfermagem moderna, Miss Nightingale, abria um capítulo ímpar na história da humanidade. Reconhecida historicamente, a mais célebre enfermeira não apenas profissionalizou a ação do cuidado, mas também permitiu que mulheres de todo o mundo pudessem sair dos recônditos que as aprisionavam à vida doméstica, bem como de uma secular dependência que as