Historia de Colatina
Os índios Botocudos dominavam a extensa área de floresta do Rio Doce até São Mateus, no Norte do Estado, além de uma parte de Minas Gerais. Viviam em guerra com todos os seus vizinhos, inclusive com os da região de São Mateus, os Malalis, Cumanachos, Maconis, Machacalis, Panhames, Capuchos e Pataxós. Após três séculos da primeira entrada no rio Doce, ocorrida por volta de 1572, sob a chefia de Sebastião Fernandes Tourinho, rumo a Minas Gerais, ainda os Botocudos dominavam a região.A denominação Botocudos foi dada aos Crenaques, Nac-nuc, Minia-jirunas, Gutcraques, Nac-requés, Pancas, Manhangiréns, Incutcrás, entre outros, pelos brancos, que observaram neles o uso característico do batoque ou botoque no lábio inferior ou nos lóbulos das orelhas. O batoque era uma rodela de madeira branca, geralmente de paineira ou barriguda, medindo até 12 centímetros de diâmetro, que depois de seca ao fogo, era introduzida por uma espécie de botão no lábio inferior e nos lóbulos das orelhas. Já por volta de sete a oito anos de idade, o pequeno índio começa a usar o batoque, que ia sendo trocado conforme o indiozinho ia crescendo.Eles começaram a desaparecer a partir de 1921, com o rápido desenvolvimento de Colatina e a sua emancipação política do município de Linhares, ao qual pertencia, e a onda de povoamento da Região Norte, a partir da construção da Ponte Florentino Avidos, em 1928.
Tentativa de colonização
Linhares e toda a região do vale do Rio Doce, em território capixaba, estavam ainda subordinadas, politicamente, ao município de Reis Magos, hoje Nova Almeida (município da Serra). Somente em 17 de março de 1827 foi concedida a Linhares uma área de terra para a constituição de seu patrimônio.A 2 de abril de 1833, O Conselho da Província elevava a Freguesia de Linhares à categoria de Vila. Em 22 de agosto de 1833, foi empossada a Câmara Municipal de Linhares perante a de Reis Magos, realizando então sua primeira sessão. Data daí o início da vida