Historia de chapeco
Até fins do século XVII, o oeste catarinense e o sudoeste do Paraná eram povoados por índios Guaranis. Nessas áreas, estavam as célebres Reduções Jesuíticas de Guaíra. Destruídas as Reduções Jesuíticas pelos Bandeirantes Paulistas, fixaram-se os índios Kaigangs. Na primeira metade do século XVIII começaram a se concentrar os primeiros grupos de pessoas na região do oeste catarinense, onde se situa o atual município de Chapecó. A região atual do oeste de Santa Catarina foi ocupada por fazendeiros, que vinham de Guarapuava e Palmeiras,
pertencentes aos estados do Paraná e São Paulo. Com a ocupação dos Campos de Palmas, abriu-se um caminho de tropas que ligava ao Rio Grande do Sul, permitindo o povoamento do município de Chapecó, antigo Passo dos Índios. Outras regiões foram sendo ocupadas, como Campo Erê, Xanxerê, Passo do Carneiro e, mais tarde, Passo Bormann. A região oeste era caracterizada basicamente por matas de araucária e habitada praticamente por índios Kaingangs, esporadicamente por índios Guaranis, além de caboclos – luso-brasileiros descendentes de origem europeia. Os luso-brasileiros denominavam-se de brasileiros e praticavam a cultura de subsistência. A infraestrutura era inexistente. Não havia demarcação das terras em forma de lotes, muito menos a presença de estradas ou de equipamentos, como comércio, órgão públicos ou privados. De acordo com Bellani (1996, p. 33), a criação e a instalação da Colônia Militar de Xanxerê, em 1882, proporcionaram condições para as primeiras ocupações no “Velho Município de Chapecó”. Segundo Bellani (1996, p.15), essa expressão é muito utilizada pelos antigos moradores e descendentes dos colonizadores, quando se referem à extensão territorial que possuía o município de Chapecó, desde a sua criação, em 1917, até o primeiro desmembramento, ocorrido na década de 50. Outro fator que possibilitou a exploração efetiva da atual região oeste catarinense foi a delimitação final da fronteira