Historia das crianças do Brasil de Mary Del Priori
Brincando na história de Raquel Zumbano Altman
Para a criança tudo é brincadeira, a mãe, o espaço que a cerca, ou até mesmo ela é seu próprio brinquedo, segura seu pezinho, orelha, desperta seus sentidos fazendo descobertas. Cuidados são dedicados à mulher indígena quando a criança nasce, porém é o pai que cuida da criança até a queda do cordão umbilical. A criança indígena era esmagada com dedo polegar no nariz para que fique achatando, furava o lábio e recebia como brinquedo um arco e seta, que mais tarde iria vingar aos inimigos, como seu pai.
O bebê brinca com um chocalho que foi feito com a natureza, que para os indígenas estaria espantando os maus espíritos, nas tribos indígenas brasileiras as mães fazem brinquedos grosseiros de barro de animais e homem. Já as bonecas indígenas não foram transmitidas à cultura brasileira porém os índios Carajás conservaram a tradição. Fazem também figuras de madeira e barro no formato de seus animais preferidos. Esses objetos são toscos e grosseiros, mas beneficia a interação da criança com o adulto e a criança com objeto, onde a dramatização da rotina do seu dia traz a compreensão e a exteriorização dos sentimentos.
Os meninos acompanham o pai com sua própria flechinha na caça e na pesca apanhando ate os peixes nas mãos, aprendem a fazer as canoas de uma só casca, já as meninas acompanham a mãe nos afazeres, cuidava das plantações, colher, cozinhar mandioca, balançar a rede entre outras coisas.
Alguns brinquedos são feitos como o bodoque, que é uma pequena arma usada pelas crianças para matar suas caças que durante muito tempo foi considerado de origem indígena e pré-colombiana, o pião é feito de fruto rígido e ocos com origens na antiguidade, conhecido de gregos e romanos.
Existia também jogos coletivos como o dos índios macus, que eram indígenas da Amazônia, nas margens do Apaporis, que imitava com freqüência os animais como o jogo do uiraçu ou gavião real, jogo