Historia das coisas
Esta obra aponta, de maneira extremamente didática e rica, o papel intenso que a mídia tem sobre o nosso padrão de consumo e como nossas relações estão intrinsecamente ligadas à economia de mercado. Só para se ter uma ideia, em apenas seis meses, 99% do que se foi consumido vai para o lixo. Um ‘celular-tijolo’? Nunca! A moda da vez é aquele que passa por baixo da porta, toca música, tira fotos e ainda cabe mais de um chip. Pen drive? Este de 500 mega não tem utilidade! Bom mesmo é o de 4 giga...
Assim, tal como no clássico “A Ilha das Flores” (de Jorge Furtado), o documentário nos lembra que tudo o que consumimos tem uma história oculta, cujo fim possivelmente chama-se lixo, e este nem sempre pode ser - ou é, de fato - reaproveitado ou mesmo reciclado.
Como as matérias-primas são limitadas, podemos afirmar que este sistema baseado no consumo desenfreado não pode sobreviver por muito tempo. A grande questão é que existe uma grande possibilidade de não sobrevivermos até lá, já que relações adoecidas (onde, muitas vezes, o que se tem é ser mais importante do que o que se é), liberação de produtos tóxicos no ambiente, desigualdades sociais, fome e problemas de saúde, dentre outros fatores, anunciam um colapso socioambiental.
Este filme pode ser utilizado das mais diversas formas na escola, inclusive ser ponto inicial para o desenvolvimento de projetos ambientais neste ambiente. Ele é capaz de gerar muitas reflexões e pautas para discussões bastante ricas.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia
Equipe Brasil Escola
Historia das coisas foco: Problemas Ambientais e sociais