Historia da reabilitação no sus
. A utilização de recursos de reabilitação na assistência à saúde teve início mundialmente no século XIX, com o advento da industrialização e os inúmeros acidentes de trabalho. Porém, os serviços de reabilitação passaram a ter importância somente no início do século XX, com o tratamento de seque-lados do pós-guerra e da epidemia de poliomielite nos Estados Unidos . Nesse período, as leis de proteção à saúde conquistadas pelos trabalhadores, juntamente com a necessidade de recuperar a força de trabalho dos seque-lados da guerra, foram importantes marcos para a expansão da reabilitação em todo o mundo .
Nas décadas de 1940 e 1950, com a sobrevivência de um maior número de crianças portadoras de distúrbios neurológicos e retardo mental e o conseqüente surgimento de técnicas de tratamento, houve uma preocupação com a possibilidade de reabilitação desses indivíduos . Assim, nos anos 1960, surgiram os programas de estimulação precoce para crianças, especialmente nos Estados Unidos, com base em três premissas: a convicção da responsabilidade da sociedade de cuidar e proteger crianças e lactentes; o compromisso com as necessidades especiais das crianças que são vulneráveis às disfunções neuropsicomotoras; e o senso de que prevenir é melhor do que tratar e de que a intervenção precoce é melhor do que a remediação tardia . Embora o Brasil tenha acompanhado esses programas de reabilitação, a assistência ao portador de necessidades especiais não era de competência de nenhuma esfera governamental, à exceção de algumas poucas instituições públicas. As primeiras instituições brasileiras criadas para portadores de deficiências físicas surgiram nos anos 1940, por iniciativa da sociedade civil . Os serviços ficavam a cargo de instituições filantrópicas e de caridade ou de atendimentos particulares e eram voltados principalmente à criança e particularmente aos portadores de deficiência mental. Ainda nessa década, foram criadas leis contemplando a