Historia da psicologia hospitalar
Ao longo de séculos, a assistência psicológica aos enfermos confundiu-se com a assistência religiosa. Em clínicas e hospitais esse acompanhamento era realizado por freiras. Podemos dizer que a inserção de um psicólogo no cenário hospitalar deu-se pela primeira vez em 1818, quando, no Hospital McLean, em Massachussets, formou-se a primeira equipe multiprofissional que incluía um psicólogo. Nesse mesmo hospital foi fundado, em 1904, um laboratório de psicologia onde foram desenvolvidas pesquisas pioneiras sobre a Psicologia Hospitalar.
Depois da Segunda Guerra Mundial, quando houve uma série de mudanças no cenário global, os hospitais começaram a constituir equipes interdisciplinares buscando oferecer respostas diferenciadas às complexas demandas da sociedade. Lentamente, sistemas de atenção integral ao indivíduo começaram a ser criados. Dessa maneira, fez-se necessário que o acompanhamento psicológico ao paciente evoluísse daquela concepção puramente religiosa e missionária para a atenção psicológica profissionalizada. Nos anos 50 o cotidiano hospitalar era seguido por normas rigorosas da medicina e nessa configuração o modelo cartesiano prevalecia. O paciente era comparado a uma máquina que precisava ser reparada. Havia uma certa frieza e distanciamento no procedimento médico e a intervenção médica era considerada objetiva. Esse modelo biomédico já era questionado nessa época pelos trabalhos de Freud, Lacan e Jung que mostravam claramente uma interação entre mente, corpo e ambiente. De acordo com esses trabalhos concluiu-se que os problemas humanos residiam para além dos sintomas verbalizados.
Na Pós-modernidade surgia um modelo biopsicossocial, o qual levava em conta todos os aspectos inerentes ao sujeito. Nessa época surgia um homem complexo, um homem que se distanciava do ideal positivista e punha-se a questionar o seu lugar no mundo. Entre os anos 50 e 60 fundamentos filosóficos conduziram a uma ampliação do conceito de