Historia da imigração japonesa em dois irmão do buriti ms
O processo de imigração japonesa no Brasil iniciou-se bem antes de 1908. No século XIX a economia do Brasil era agrícola e extremamente dependente da monocultura cafeeira. A cultura do café por sua vez, dependia totalmente da mão-de-obra de escravos negros. Em 1888, atendendo a pressões políticas e movimentos humanitários, o governo brasileiro aboliu a escravidão no país, e os senhores do café tiveram que buscar soluções para a crescente falta de mão-de-obra. Antes mesmo da abolição da escravatura, o governo brasileiro tentou suprir a falta de trabalhadores com imigrantes europeus, mas as péssimas condições de trabalho e de vida dadas pelos patrões cafeicultores, acostumados a tratar de forma subumana sua mão-de-obra, além de desmotivar a vinda de imigrantes fez com que alguns países, como a França e a Itália, até impedissem durante alguns anos que seus cidadãos imigrassem para o Brasil. Assim o governo brasileiro passou a cogitar trazer imigrantes da Ásia. Mas como já se sabia, as condições de trabalho eram precárias, inicialmente tinha-se como imigrantes os italianos e espanhóis. Porém, o trabalho livre e assalariado não prendia os trabalhadores a terra por muito tempo, sendo que muitos desses imigrantes descontentes com a situação dos cafezais, ao termino do contrato ou mesmo antes mudavam de fazenda, dirigiam-se para cidades ou até mesmo retornavam aos seus paises de origem. Isso acabava se refletindo na elevação dos salários devido a falta de mão-de-obra, em períodos muitos importantes como o da colheita. Os próprios fazendeiros de café interessavam-se pela vinda do imigrante japonês por acreditarem que devido a diferença de linguagem, hábitos e costumes seria mais fácil de controlar seu trabalho e sua fixação nas fazendas se daria de forma mais duradoura. Em 24 de setembro de 1892 a Câmara dos Deputados aprovou o projeto da entrada dos japoneses e chineses no Brasil, como relata Hashimoto, 1991.
Em 6 de novembro de 1907 foi assinado o contrato