Historia da iluminacao
Análise da representação da luz na obra ocidental: Anoitecer: Avenue de Clichy Louis Anquetin. (1887) Nesse texto analisaremos a representação da luz na obra Anoitecer: Aavenue de Clichy do pintor Louis Anquetin. Em nossa análise utilizaremos 20 critérios relacionados a fonte de luz, efeitos da iluminação, áreas e elementos iluminados e não iluminados, cultura material (tecnologia), imaterial (crenças e valores), bem como aspectos de nossa própria percepção. Inicialmente, porém, faremos uma breve contextualização da obra. A obra Anoitecer: Avenue de Clichy data do ano de 1887. De acordo com Vera Pugliese (2004), seu autor, Louis Anquetin, representa o período pós-impressionista, com forte característica simbolista. Na visão da autora o pintor inova ao apropria-se de elementos da gravura japonesa que não haviam sido integrados pela escola impressionista. Nesse sentido, Anquetin valoriza cores e contrastes na representação da luz, ao tempo em que utiliza evidentes contornos pretos da gravura oriental. Nessa obra, o contraste da luz natural do anoitecer com as luzes artificiais das lâmpadas do café e da rua denotam um clima de glamour parisiense com certa introspecção. Em relação às fontes de luz, o tom azulado emana da luz natural do sol poente refletido na atmosfera. Em primeiro plano, observa-se a luz amarelada das lâmpadas sob o toldo do café somando-se à luminosidade que se projeta de seu interior, ocasionando áreas de sombras e iluminação que se projetam em diferentes ângulos. No plano de fundo na região central da imagem percebe-se uma iluminação artificial concentrada, cuja fonte não é percebida na pintura. Porém, a julgar pela temperatura de cor e angulação em que se projeta, deduzimos que é produzida por lâmpadas semelhantes às do café situadas