Historia da educação
1 A REVOLUÇÃO DO NEOLÍTICO E A EDUCAÇÃO
Inicia-se a complexa evolução do hominídeo para o homem, que vai desde o Australopithecus, ao Pitecanthropus, com um cérebro pouco desenvolvido, mas vive imerso numa condição de fragilidade e de medo, ao homem de Neanderthal, que aperfeiçoa as armas, até o Homo sapiens, que já tem as características atuais. Já nessa fase, a educação dos jovens torna-se o instrumento central para a sobrevivência do grupo. O homem primitivo, que, através da imitação, ensina ou aprende o uso das armas, a caça e a colheita, o uso da linguagem, o culto dos mortos, as técnicas de transformação e domínio do meio ambiente etc. A cultura, se “não é um fato individual, mas um fato social’’, implica transmissão social dos conhecimentos. Depois desta fase, entra-se na época do Neolítico, na qual se assiste a uma verdadeira e própria revolução cultural. Nascem as primeiras civilizações agrícolas: os grupos humanos se tornam sedentários, cultivam os campos e criam animais, aperfeiçoam e enriquecem as técnicas, cria-se uma divisão de trabalho cada vez mais nítida entre homem e mulher e um domínio sobre a mulher por parte do home. A revolução Neolítica é também uma revolução educativa: fixa uma divisão educativa paralela à divisão do trabalho, fixa o papel-chave da família na reprodução das infras-estruturas culturais, produz o incremento dos locais de aprendizagem e de adestramento específicos. Depois, são as linguagens e as técnicas que regulam – de maneira cada vez mais separada- dos modelos da educação.
2 SOCIEDADE HIDRÁULICAS E NOVOS PROBLEMAS EDUCATIVOS
Grandes sociedades hidráulicas são sociedades com forte divisão de trabalho e com nítida distinção entre as classes social, que exigem um forte controle social, tendendo portanto a desenvolver a gestão do poder na dimensão do Estado (= governo gerido pelo soberano e pela democracia administrativa, guerreira, religiosa). O advento das grandes