Historia da arte
Pode dizer-se que a história recente ou "moderna" de África, no sentido do seu registo escrito, começou quando povos de outros continentes começaram a registar o seu conhecimento sobre os povos africanos – com excepção do Egipto e dos antigos reinos de Axum e Meroe, que tiveram fortes relações com o Egipto e já tinham a sua escrita própria.
Assim, aparentemente, a história da África oriental começa a ser conhecida a partir do século X, quando um estudioso viajante árabe, Al-Masudi, descreveu uma importante actividade comercial entre as nações da região do Golfo Pérsico e os "Zanj" ou negros africanos. No entanto, noutras partes do continente já tinha tido início a islamização, que trouxe a estes povos a língua árabe e a sua escrita, a partir do século VII.
As línguas bantu só começaram a ter a sua escrita própria, quando os missionários europeus decidiram publicar a Bíblia e outros documentos religiosos naquelas línguas, ou seja, durante a colonização do continente, pelo menos, da sua parte subsaariana.
A UNESCO coordenou uma equipe com mais 350 cientistas ( historiadores, antropólogos, economistas e outros), sendo que dois terços são africanos para elaborar um tratado historiográfico, pela perspectiva africana, ou seja, livre de estereótipos e do olhar estrangeiro, versando a África desde a antiguidade até fins do século XX[4]. As pesquisas duraram de 1964 a 1993 e resultou em uma coleção de oito volumes intitulada de Coleção História Geral da África. A tradução em língua portuguesa foi iniciada em 2007 pelo Ministério da Educação do Brasil em parceria com a UNESCO e a Universidade Federal de São Carlos, sendo distribuída em bibliotecas públicas e universidades. A Unesco considera a obra como sendo a principal no assunto em voga[5].
No período da expansão marítima européia, no século XV, os portugueses tentavam contornar a costa africana para chegar nas Índias em busca de especiarias. Muitas áreas da costa africana foram conquistadas