historia da arte
O resultado é uma descrição do tumultuado e nervoso universo que compunha as cidades de Londres e Paris. Capitais de duas grandes nações do velho mundo, mas que pela pena do romancista, nos traz um agudo olhar sobre até onde sonhos podem ser desfeitos, despertados para a dura realidade das ruas. Com diz Bresciani: “colocaram-se na posição de observadores das cenas de rua. E, nas ruas, a multidão é uma presença” (p.8)
A multidão frenética de dia era composta de figuras das mais diversas. Os trabalhadores dos escritórios que contavam os passos à espera do horário do trabalho, os carregadores que corriam desajeitados, as lavadeiras com suas trouxas de roupa, os carteiros de porta em porta. “A multidão, sua presença nas ruas de Londres e Paris do Sec.XIX, foi considerada pelos contemporâneos como um acontecimento inquietante.” (p.10)
O processo industrializador além de proporcionar mudanças políticas e econômicas na Europa, também influenciou no cotidiano das pessoas provocando transformações em suas atitudes como diz Bresciani (1984): “Gestos automáticos e reações instintivas em obediência a um poder invisível modelam o fervilhante desfile de homens e mulheres.” Esta mudança além de transformar as ações, modifica o cenário da Europa: “a paisagem urbana uma imagem freqüentemente associada às idéias de caos, de turbilhão, de ondas, metáforas inspiradas nas forças incontroláveis da natureza.” (p.10)
Para Benjamin que foi um estudioso que se dedicou a multidão e ressalta a importância decisiva do olhar para quem vive nas grandes cidades. Para ele a vida cotidiana assume a dimensão de um permanente espetáculo. Onde o olhar é a maneira mais interessante de analise e conhece a multidão individualizada num olhar focando.
Um ponto interessante é o acaso que é um