Historia da ARQUITETURA
O Neomanuelino
O Nome deriva da junção das palavras Neo, novo em grego, e Manuelino, que liga o estilo à produção artística do Reinado de D. Manuel I. O estilo foi uma corrente revivalista que se desenvolveu dentro da arquitetura e das artes decorativas portuguesas entre meados do século XIX e o início do século XX. É a principal forma de arquitetura do romantismo português devido, essencialmente, à tendência romântica em assumir carácter nacionalista na construção de grandes edifícios públicos.
O Neomanuelino possui característica tipicamente romântica, copiando os aspectos mais superficiais da decoração manuelina, aplicada em edifícios adaptados às necessidades do seu tempo. Recorre aos progressos técnicos surgidos com a revolução industrial, tanto ao nível de materiais como de máquinas, escondendo construções modernas, frequentemente com estruturas metálicas (a vanguarda da época). Utiliza todo o tipo de inovações como o tijolo ou revestimentos cerâmicos industriais, preservando, sempre que possível, questões básicas, desenvolvidas no Neoclassicismo, como a funcionalidade e a rentabilidade da arquitetura, simplesmente adaptados a outra estética. Segue as grandes construções manuelinas como a Torre de Belém, o Mosteiro dos Jerónimos, Mosteiro da Batalha e Convento de Cristo em Tomar, imitando apenas os motivos decorativos mais evidentes. Na verdade nem se preocupa em copiar fielmente as formas originais constitui-se de uma arquitetura mais fantasiada, um estilo plasticamente rico e emblemático. Baseia-se essencialmente na diversidade de arcos, cordas, elementos vegetalistas, cinturões, fivelas, pináculos, contrafortes e escultura. Concentra a decoração em torno de portas e janelas, como os edifícios originais, mas não tenta copiar os complexos programas iconográficos do manuelino.
O estilo, inicia-se com a construção do Palácio da Pena, em Sintra, pelo rei D. Fernando II (consorte viúvo da rainha D. Maria II), entre 1839