HISTORIA DA ARQUITETURA ESCOLAR
Reclamada desde o século XVIII, a construção de espaços adequados para o ensino, estava não apenas relacionada à possibilidade de a escola cumprir sua função social, mas também, engajada à produção da singularidade da instituição escolar e da sua própria cultura (FARIA; VIDAL, 2000).
Com relação à educação, Robert Owen com uma ideia de urbanismo progressista, traz que este é um meio de transformação das condições e comportamentos dos desfavorecidos. Através da figura 03 demonstra um modelo experimental, Charles Fourier propõe o falanstério ou edifício da falange, que se destinavam às funções: refeitórios, biblioteca, salas de estudo, etc.
A preocupação com um lugar específico para a escola, só começa a surgir a partir da segunda metade do século XIX. Em um determinado momento, políticos e educadores passaram a considerar indispensável à existência de espaços para a educação de crianças, bem como, a necessidade de espaços edificados essencialmente para a prestação de serviços educacionais. Esse momento, final do século XIX, coincide com os projetos de difusão da educação popular (SEGUNDO SOUZA 1998).
As críticas desenvolvidas sobre o espaço escolar, proposto por Azevedo, deram início a uma nova fase no Rio de Janeiro e São Paulo, regidas por Anísio Teixeira e Almeida Júnior, em 1930. Sendo assim no ano de 1934, realizou-se a primeira exposição sobre a arquitetura escolar, organizada pela Associação Brasileira de Educação, que trazia um novo conceito de padronização das plantas e fachadas, surgindo assim uma arquitetura funcionalista, que oferecia modelos ampliáveis de escolas-padrão, Segundo (FARIA E VIDAL 2000).
Sentia-se agora a democratização, através da arquitetura de prédios funcionais, tecnicamente projetados para uma educação rápida, porém eficiente, com espaços adequados às necessidades técnicas e institucionais.
Figura 3: Fanlanstério/ Falanges – Charles Fourier – 1843. Fonte: UFSC, 2013.