Historia da Amazonia
Ao relembrarmos da chegada dos primeiros navegantes na região
Amazônica e de como se chocaram com a população desnuda e armada com arcos e flechas, denominando o imenso curso d’água de “Rio Amazonas”, percebemos claramente as diferenças culturais e de visão de mundo entre os europeus e a civilização que aqui já estava. O ideário europeu de civilização via a natureza como empecilho ao progresso e o estilo extrativista da vida dos índios como inexistência de trabalho, logo difundiram na Europa a visão do “el dourado” e das bravas guerreiras e incentivaram à migração para a região a fim de civilizar os índios e trazer modernidade ao inóspito local.
A colonização da Amazônia ocorreu a partir de 1600 e em 1621 a
Coroa Portuguesa fez uma divisão administrativa das colônias além-mar, criaram o Estado do Brasil, com a capital instalada em Salvador, e o Estado do
Maranhão com a capital em São Luiz, o qual posteriormente tornou-se o
Estado do Grão-Pará e Maranhão tendo como capital Belém. Tal divisão facilitou a ligação com a Coroa, tornando a região independente do restante do continente, sofrendo influência direta dos costumes e mercados europeus.
A fim de conquistar o território e expulsar os demais grupos europeus que aqui já se encontravam, os luso-brasileiros do nordeste, missionários e militares adentraram a região e alargaram as fronteiras além do
Tratado de Tordesilhas até próximo do atual Peru. Os missionários eram responsáveis por “amansar” os indígenas, os militares marcavam território com a construção dos fortes e os mercadores identificavam e negociavam as drogas do sertão. Assim, espalhou e consolidou o domínio Português sobre a
Amazônia, além de iniciar a miscigenação cultural muito presente na população local até os dias atuais.
O primeiro olhar do Estado Português para a região veio no período
Pombalino, com princípios científicos e capitalistas, tirou as regalias dos jesuítas e tornou o índio cidadão,